Parábola do avião filosófico

Em um avião em queda estavam Nietzsche, o Papa, Tom Zé, Stephen Hawking, um Pagé e o piloto. No jato havia somente um paraquedas e os passageiros estavam confusos:

Piloto - Senhores passageiros, nosso voo está sofrendo uma pane! A queda é inevitável.
Papa - Irmãos, reúnam-se comigo para receber a extrema-unção. Nos portões do céu estará esperando São Pedro com sua sagrada chave para nos conduzir a Deus.
Nietzsche - Deus é o caralho! Acostumem-se com a verdade. Como alguém pode pensar em Deus nessas horas?!
S. Hawking - Deus? Não há provas de que ele exista... Só sei que a força da gravidade será o bastante para nos matar.
Piloto - Isso não é importante agora!
Tom Zé - Bicho, a vagina progenitora desse paradigma divino é de uma magnitude sensacional! Estão sentindo isso?
Pagé - Uga! Em Mãe-Terra acredito. Crença tudo explica, tudo resolve! Uga!
Piloto - Mas só temos um paraquedas... O que iremos fazer?!
Papa - Oremos então, pois a fé salvará a todos.
Pagé - Uga! Um ritual preciso é para no mundo dos deuses entrar. Uga!
Nietzsche - Esqueçam isso tudo. Não há uma força superior, pensem que iremos todos apenas virar adubo no final.
S. Hawking - Deus não irá nos influenciar em nada. Precisamos calcular nossas chances de sobreviver!
Tom Zé - Gente, sentem-se aqui comigo e sintam a verdadeira essência do leite que permeia essa via espacial. É uma situação que transcende a sensação de tropical ou de divino!
Piloto - Eu acho que isso não vai dar em nada. Com ou sem Deus, eu vou é pular fora!

E o piloto pulou com o único paraquedas, enquanto os outros mergulhavam em uma infindável discussão no azul do firmamento. Apenas o piloto sobreviveu. As vítimas do acidente foram veladas com pompas às suas contribuições para a humanidade.




Esse foi nosso trabalho de Filosofia que mereceu nota máxima dentro dos critérios de avaliação da professora.